Os participantes da audiência pública, realizada pela Câmara Municipal na noite desta terça-feira, definiram pela elaboração de uma “carta” contendo as propostas que podem ajudar no combate a criminalidade. O documento, intitulado “Carta de Alfenas”, será assinado por diversas autoridades da área de segurança pública e representantes da sociedade civil organizada. Abrangerá propostas e reivindicações apresentadas durante a reunião como a do aumento do número de agentes para a Polícia Civil.
“Estamos todos defendendo uma causa comum. Talvez esta carta seja o embrião de um envolvimento maior na segurança pública”, disse o presidente da 21ª subseção da OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil), Daniel Murad.
O documento deverá ser encaminhado a Secretaria de Estado de Defesa Social e deve balizar as próximas ações na área de segurança pública. Uma das sugestões apresentadas durante a reunião é a realização de um fórum permanente para discutir o assunto.
Parâmetros
O delegado regional João Simões de Almeida Júnior citou como exemplo as reuniões semanais, em Sete Lagoas - cidade onde atuou como delegado -, que contava com a participação de representantes de diversos segmentos da sociedade.
A ampliação do sistema de monitoramento da cidade por meio de câmeras também foi citado, pelo secretário municipal Leonardo Vilela (Defesa Social), como uma das ações planejadas para o combate a criminalidade. Citou a troca do sistema atual, por meio de fios de fibra ótica, para o sistema via rádio o que permitirá a mudança de local das câmeras em pontos estratégicos diferenciados.
Na platéia, um comerciante chegou a reivindicar a colocação de uma câmera na rua Rui Barbosa, onde segundo ele há incidência de assaltos.
Estatística
O major Daniel Paulino de Souza, comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar, fez uma demonstração de dados numéricos sobre a criminalidade em Alfenas. De acordo com a estatística da PM, o Índice de Criminalidade (IC) caiu de 72,43 (em 2007) para 63,70 (no ano passado). Também houve redução no Índice de Criminalidade Violenta (ICV): de 3,27 (em 2007) para 2,30 (em 2009).
A audiência pública foi realizada devido a um requerimento do vereador Sander Simaglio (PV) que presidiu a reunião. Somente outros dois vereadores participaram da audiência: Hesse Luiz Pereira (PSDB) e o presidente da Câmara, Jairo Campos (Jairinho/PDT).
A audiência pública foi solicitada após o crescimento no número de assaltos ao comércio, ocorrido em dezembro e janeiro. Outras reuniões também foram realizadas, como a promovida pela Acia (Associação Comercial e Industrial de Alfenas) e uma outra pela prefeitura.
De 2008 a 2009, os assaltos a comércio cresceram 97,05%, indo de 34 (em 2008) a 67 (em 2009). Os números integram o sistema de dados estatísticos da PM.
A reunião iniciou às 20h terminou por volta das 23h. Participaram da mesa de debates: o major Daniel Paulino; o delegado João Simões; o defensor público Geraldo Lopes Pereira; Daniel Murad (OAB-MG); Vander Cherry (Consepa/Conselho Comunitário de Segurança Pública de Alfenas); Lúcia Cardoso (Conselho Municipal de Ação e Desenvolvimento Social); Leonardo Vilela (Secretaria de Defesa Social), sargento Nestor Rodrigues (Corpo de Bombeiros); Francisco da Cunha Neto (presidente da Acia) e os vereadores Sander, Jairinho e Hesse. A promotora de Justiça, Eliane Lago Corrêa justificou sua ausência através de um ofício no qual informa que já havia assumido um compromisso particular. O assessor de gabinete da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, Erick Rodarte, também encaminhou um ofício onde alegou já ter assumido um compromisso antes do agendamento da audiência pública.
* Fonte: Alfenas Hoje
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