Hoje, no
momento em que sofremos com o falecimento do Dr. José Luiz Ávila Maia, nosso
querido Dr. Maia, me lembro que quando terminava a Faculdade de Direito dele
recebi o emblema da OAB, que com orgulho ostentei na lapela do paletó nas
minhas primeiras audiências.
Muito tempo
depois, embora já convivêssemos no dia-a-dia forense, nos encontramos na Diretoria
da OAB de Alfenas, estreitando sempre nossa amizade, de forma que tenho a honra
de ter podido lhe chamar de irmão. Irmandade que se forjou nas lutas, tristezas
e alegrias da vida.
Foi uma honra
conviver com o Maia. Advogado brilhante e trabalhador, mas que em nenhum
momento deixava de lado o coleguismo. Na
OAB nos deu aulas de comprometimento: estava em todas, fosse uma reunião ou
solenidade, fosse para carregar mesas ou o “piano”, ou fosse para tocar violão
e guitarra nas nossas festas. Como era bom quando o Paulinho Veronezi puxava as
músicas do Tim Maia e chamava o síndico, no caso o Maia, para sua tradicional “canja”.
O Dr. Maia foi
de fato Presidente da OAB, pois junto comigo realizava todos os atos da função.
Na verdade realizava muito mais que isso, como já disse. Porém, como amava a
Ordem merece a homenagem. Merece ser lembrado também desta forma: como
Presidente da OAB de Alfenas.
O fato é que a
importância do Maia é tanta seja como advogado, amigo ou companheiro da OAB,
que sua perda é irreparável. Mas o que me conforta é a crença de que quando um
individuo busca o bem nessa vida, com certeza estará bem nas mãos de Deus. E
ainda o fato de que Maia deixou uma vida tão cheia de belos exemplos que seu
legado não morrerá, se perpetuará.
Pois, como
disse o poeta, “só é cantador quem canta as histórias de luta de nossos
mortos”. Maia tem muita história. Tem
muita luta. Foi e será um grande exemplo. Merece todos os tributos dos
advogados e da sociedade em geral, não apenas de Alfenas e Areado, mas como de
toda a região.
Os que travam
a boa luta sempre estão presentes. E, o companheiro Maia está presente, agora e
sempre.
Procurando com saudades, vi agora em lágrimas, que faleceu meu professor tão querido de Direito Civil. Lembro como se fosse hoje em 1998 quando entrou aquele professor novo na Unifenas, pela porta dizendo: "Não esqueçam Collor veio de Helicóptero vestido de azul e gravata vermelha. Azul, cor do manto da virgem Maria, vermelho, cor do Espirito Santo. Azul e branco, cor das janelas e dos casarões das fazendas antigas." Todo mundo achou que um louco entrava, mas aí ele começou a falar e falar e mostrou o quão sábio era. Voltou na outra aula contando seu curso e visita na casa do Fabio Poentes, hipnólogo. Daí passou a mostrar tudo que aprendera. Fizemos naquele ano uma grande amizade, organizei com ele a palestra de Leitura Dinâmica e Oratória na Semana Jurídica, depois várias palestras de hipnose num auditório de agronomia de Alfenas. Fui na sua casa que ficava em outra Cidade. Brincamos muito de hipnose, cantamos. Ele me fez até comer uma cebola pensando que era uma maçã. Depois transferi meu curso para São Paulo, aí encontrei ele algumas vezes ainda, nos restaurantes da Fernão Dias... Quanta saudade amigo. Com certeza segue no seu processo de evolução sabiamente. Grande Abraço "Maia".
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