quarta-feira, 3 de março de 2010

Vice-presidente da 21ª Subseção da OAB/MG participa de Reunião da ACIA sobre Segurança Pública


Uma reunião, realizada pela ACIA, iniciou uma série de debates para buscar uma solução para combater os assaltos ao comércio. Algumas ações já foram deliberadas, entre elas a mobilização da comunidade para uma integração maior com a Polícia. As ausências de representantes dos poderes Judiciário e Legislativo foram criticadas durante o encontro.

Entre as decisões já tomadas durante a reunião, realizada na sede da Acia (Associação Comercial e Industrial de Alfenas), está o envio de uma moção à Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais solicitando o aumento dos efetivos das Policias Militar e Civil. O documento deverá ser encaminhado, através do prefeito Pompilio Canavez (PT), ao secretário de Estado em encontro programado para as próximas semanas.

Outra iniciativa será a produção de um material de divulgação junto a população com orientações sobre procedimentos a serem adotados no combate a criminalidade. O secretário municipal de Defesa Social, Leonardo Vilela, sugeriu que este trabalho seja feito em conjunto com a prefeitura que planeja uma ação semelhante.

Dificuldade

A não-colaboração das vítimas na identificação dos bandidos foi uma das principais dificuldades levantadas pelo Major Daniel Paulino de Souza, comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar, e pelos Delegados Rafael de Souza Horácio e Hudson Brandão, representantes da Polícia Civil.

De acordo com os policiais, muitas vezes os criminosos são liberados por não haver o reconhecimento oficial por parte das vítimas apesar das mesmas reconhecerem informalmente como os autores dos crimes. “Não tem como a vítima não participar”, citou o Major.

O temor de exposição, por parte dos comerciantes e empresários, na frente dos bandidos era uma das reclamações levantadas pelos filiados da Acia. Porém, o delegado Rafael Horácio citou que na Delegacia há uma sala especial para identificação dos acusados que resguarda a identidade da vítima.

De acordo com os policiais, durante algumas audiências no Fórum as vítimas têm ficado frente a frente com os acusados na hora de fazer o reconhecimento. Porém isto acontece por desconhecimento das vitimas que podem solicitar a saída do acusado da sala de audiência durante o seu depoimento, explicou o vice-presidente da 21ª subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), José Luiz Ávila Maia.

De acordo com Horácio, a legislação antiga - Código Penal de 1940 – dificulta uma ação mais efetiva. Citou um episódio ocorrido na tarde anterior quando o delegado Leonardo Procópio teve que liberar um suspeito por não conseguir concretizar o encaminhamento da prisão preventiva devido ao final do expediente do Fórum. “Esbarramos muito na Lei”, afirmou.

Próximos Passos

Sobre o Judiciário, ficou definido que será solicitado um encontro no Fórum para levar as demandas e sugestões apuradas para que haja uma ação conjunta envolvendo a colaboração do Poder Judiciário. Mas antes a Acia deve promover reuniões setorizadas com os diversos segmentos do comércio para apurar ainda mais o tema. Será apresentado aos comerciantes o conteúdo da reunião desta quarta-feira para que possa, com base nele, apresentar alternativas concretas de integração da sociedade com as autoridades.

Estiveram presentes a reunião representantes das Polícias Militar e Civil, Consepa (Conselho Comunitário de Segurança Pública de Alfenas), OAB/Alfenas e da Secretaria Municipal de Defesa Social.

* Fonte: Alfenas Hoje

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