O
direito de reunião e manifestação, desde que realizado de forma pacífica, é vital
ao Estado Democrático, sendo conquista da luta de gerações de brasileiros.
Muitos desses patriotas pagaram com a vida por tal conquista.
A
OAB, como defensora da democracia, sempre esteve ao lado daqueles que se
expressam contra as injustiças, pugnando por melhores condições de vida para o
nosso povo, sendo não apenas legítimas, mas imprescindíveis, as manifestações
que tomaram conta do Brasil em repúdio ao aumento de passagens no transporte
público por governos municipais e
estaduais em toda Federação e contra outros malfeitos dos governantes.
As
manifestações devem ser pacíficas. Abusos não podem ser tolerados e servem
apenas para atrapalhar o movimento. De outro lado, o abuso de autoridade do
Estado e a violência policial não podem ser aceitos. A OAB estará atenta contra
tais abusos, colocando sua estrutura à disposição daqueles que forem vítimas da
intolerância e da violência.
O
poder, como diz a Constituição, emana do povo e para ele é exercido. Ousaria
dizer que também por ele é exercido diretamente, pois a força do povo unido em
torno de ideais de justiça é inquebrantável, como demonstra a história.
A política se faz nas ruas, com
manifestações conscientes, que são, sobretudo, exercício da cidadania. Não está
atrelada apenas aos gabinetes palacianos e aos tentáculos elitistas do poder
econômico. Nas ruas se plantaram as melhores sementes que frutificaram
esperança para nosso povo. E nas ruas se faz a centelha das necessárias
transformações. E por mais que se possam arrancar algumas rosas, não se pode
impedir a primavera.
DANIEL
MURAD RAMOS
PRESIDENTE
DA OAB DE ALFENAS
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